Se o universo estava todo inserido em uma singularidade que deu origem ao Big- Bang, e se, no universo criado, existe ordem, lei e vida inteligente é porque necessariamente ordem , complexidade e inteligência estavam inscritas nas possibilidades do nosso universo antes do tempo e do espaço. Ou seja, na eternidade . Como lembra William Craig, a existência de um universo pulsante perdeu força com as equações de S. Hawking e Penrose e, além disso, o fato de existir um universo pulsante não implica na não existência de Deus. O universo deveria se originar de uma densidade muito maior do que a até então considerada para relançar um ciclo nos termos do universo pulsante. Penrose e Stephen Hawking provaram que não existia nenhum mecanismo que pudesse produzir ciclos. Eles anularam todos os modelos existentes que justificassem o universo pulsanteNa tese de Hawking, se o universo não veio de um ciclo anterior, mas auto-criou-se, submetido às leis que existem nele, como poderia ter "se aplicado" essas leis que fez surgir após o Big-Bang ??Qual a lógica que pode haver nessa formulação, pergunta Wiliiam Craig ? O nosso universo, segundo as informações sobre a quantidade de matéria nele existente, não irá parar de se expandir e começar a se contrair até um ponto crítico em que tornará a se expandir novamente. A série de fatos raros para o surgimento da vida e da vida inteligente, o famoso principio antrópico, também tornam quase nulas as possibilidades de acaso para o surgimento de um universo como o nosso. Se o Big-Bang pode se realizar mesmo contrariando a segunda lei da termodinâmica com recurso ao conceito de flutuação quântica no vácuo, podemos lembrar que nos termos do falsificacionismo popperaino quando uma teoria científica diz coisas contraditórias, ela não é mais científica, ou seja, ela não é falsificável, é pura metafísica. E assim, ela está no mesmo status da explicação teológica para a origem do cosmos. Mas como ele se aplicaria uma lei que não existia a ele mesmo para fazer surgir o cosmos ? O texto do físico Goswami é muito interessante porque ele coloca uma consciência transcendental como fator de colapso das possibilidades quânticas e não apenas uma consciência determinada. As condições necessárias para o surgimento de um cosmos ordenado, no qual a vida e a vida inteligente sejam possíveis apontam para uma intencionalidade e não para o mero acaso. Nós também não vemos o átomo, o raio x, o raio laser, o ar, o ultra-som, o raio ultravioleta, mas sinto seus efeitos. Bem, o seu conselho, evidentemente, é do pleno conhecimento de epistemólogos e pesquisadores -- um dever de ofício, por definição -- ocorre que, a despeito de todos os esforços empreendidos por cérebros privilegiados, nos mais renomados centros acadêmicos pelo mundo, ainda não se conseguiu, ao longo de muitas décadas, desde as décadas de 30, 40 e 50, superar essas contradições. As teorias que buscam unificar o conhecimento físico são conhecidas, mas ainda não atingiram seus objetivos. Portanto, ao longo de 70, 60 ou 50 anos, a ciência física convive com proposições que se excluem mutuamente. Por essa razão apresentei a argumentação concernente ao princípio da demarcação entre "boa ciência" e "má ciência", ou entre ciência em termos precisos e programas metafísicos de investigação, nos termos do positivismo lógico em geral, e do falsificacionismo, mais especificamente. Cabendo especular, por outro lado, em termos epistemológicos, se essas contradições não seriam limitações estruturais ao entendimento humano, algo que a metafísica apresenta sob a forma de contradição fundanteBig Bang começo absoluto do universoO modelo do universo cíclico ou pulsante foi severamente prejudicado pelas equações de Penrose e S. Hawking, que mostrarm ser necessária uma densidade crítica muitíssimo maior do que a existente para a origem do nosso universo. Portanto, a tentativa de explicar o Big Bang como um momento visível, que surge após uma etapa anterior de contração não se sustenta. Não há, portanto, como justificar um processo de expansão, após um colapso anterior do universo. E mesmo que houvesse, esses ciclos tenderiam a aumentar continuamente a entropia. Temos, então, a Teoria do Big Bang, como origem absoluta do universo -- do tempo e do espaço, da matéria, energia e das forças de integração da matéria. O desafio, no caso, é explicar porque o universo começou. Havia alguma lei conhecida operando? As leis da física tinham validade, ou não ? Há coerência entre o modelo do Big Bang e as leis da física conhecidas ? Qual lei foi aplicada para ensejar o Big-Bang ? Como foi aplicada? Cabendo também indagar como foram aplicadas as leis posteriores ao universo criado ? Craig, em resposta, afirma que esses modelos (Q. SMITH e S. HAWKING) são pouco prováveis, ou mesmo impossíveis, de terem sido, efetivamente, o modo de desencadeamento da grande explosão que originou o cosmos, porque são inconsistentes em termos lógicos e consequentemente inviáveis em termos físicos. Resposta de William Craig aos que negam a possibilidade de se considerar uma causa metafísica, como origem do universoPrimeira possibilidade :1) Deus pode ser concebido em termos causais, mas não temporalmente. O ato da criação seria, então, simultâneo ao nascimento do cosmos, a partir da singularidade que deu origem ao Big Bang. Podemos observar o efeito, e considerar a causa em termos metafísicos.Segunda possibilidade :2) Deus também pode ser concebido como existindo, em um tempo metafisico, do qual o tempo fisico seria apenas uma medida sensivel, e, então, existindo temporalmente, antes da existência do tempo físico, criou o universo com o Big-Bang. O teorema dos matemáticos Cantor e Godel, sobre o infinito absoluto apresentam a prova lógica da existência de Deus, com base no argumento ontológico. Hawking admite três possibilidades para explicar a existência do universo, um Deus cristão, um Deus ao estilo bramamista e a ausência de um Deus criador na origem do nosso universo. Se existe ordem e inteligência na realidade criada é porque a inteligência é uma possibilidade inscrita na dimensão que antecedeu a origem do cosmos. A inteligência não pode surgir da não-inteligência. Se, no efeito, há vida inteligente, é porque esta é uma possibilidade presente antes do tempo . São Tomás de Aquino com base em Aristóteles utiliza as cinco vias para demonstrar racionalmente a partir da realidade criada, ou do efeito para a causa, a existência de Deus -- como : o primeiro motor imóvel, ser perfeitissimo, causa incausada, inteligência ordenadora. Não há um devir infinitoSanto Anselmo desenvolve o argumento ontológico. Se posso conceber algo absoluto, sem nada superior, esse absoluto não pode sofrer restrição real, se sofre, então não é absoluto. Privar o absoluto da existência é uma restrição. A causa de DeusDeus é um evento, Deus é um "acontecimento", Deus surgiu do nada ?Só se pode, logicamente, procurar a causa de eventos, acontecimentos, coisas que não estão presentes e surgem.O nosso universo possui um limite observacional, há o nada, ou o não conhecido, e, então, surge o cosmos. Deus não é um ser que "aparece de onde antes nada havia", Ele é considerado eterno, como tendo, em si, o poder de ser.
Godel com base no argumento ontológico de S. Anselmo e Leibniz apresentou seu conceito de infinito absoluto, possuidor de todas as propriedades atribuídas a um ente como Deus
Prova do movimentoTudo o que muda é mudado por outro. Pretendem a rejeição desse argumento da teologia racional de São Tomás de Aquino, recorrendo aos fenômenos quânticos.O fato de não se identificar causas nos eventos quânticos, não significa que essas não existam, elas podem existir, e não serem percebidas. Talvez novas teorias expliquem esses fenômenos, em termos causais. E se não existe nexo causal, ao nível micro, como esse nexo pode se verificar no nível macro ? Sem o princípio causal, o nosso mundo seria desprovido de nexo e ordem entre os fenômenos.
PROF.EVERTON JOBIN
Godel com base no argumento ontológico de S. Anselmo e Leibniz apresentou seu conceito de infinito absoluto, possuidor de todas as propriedades atribuídas a um ente como Deus
Prova do movimentoTudo o que muda é mudado por outro. Pretendem a rejeição desse argumento da teologia racional de São Tomás de Aquino, recorrendo aos fenômenos quânticos.O fato de não se identificar causas nos eventos quânticos, não significa que essas não existam, elas podem existir, e não serem percebidas. Talvez novas teorias expliquem esses fenômenos, em termos causais. E se não existe nexo causal, ao nível micro, como esse nexo pode se verificar no nível macro ? Sem o princípio causal, o nosso mundo seria desprovido de nexo e ordem entre os fenômenos.
PROF.EVERTON JOBIN
Nenhum comentário:
Postar um comentário