A missão de Jesus é anunciar a Boa Nova aos pobres (Lc 4,18). Dentro da Comunidade de Jesus, porém, havia algo novo que a diferenciava dos outros grupos e que dava consistência ao anuncio da Boa Nova. Era a atitude ante os pobres e marginalizados.
Jesus vive como pobre. Não possui nada para si, nem mesmo uma pedra para reclinar a cabeça (Lc 9,58). Manda escolher: ou Deus, ou o Dinheiro! (Mt 6,24). E quando se trata de administrar os bens, é preciso fazê-lo com eficácia, a serviço da vida.
Jesus oferece um lugar aos que não têm lugar na convivência humana. Acolhe os que não são acolhidos: os imorais: prostitutas e pecadores (Mt 21,31-32; Lc 7,37-50; Jô 8, 2-11); os hereges: pagãos e samaritanos (Lc 7,2-10; 17,16; Mc 7, 24-30; Jô 4, 7-42); os impuros: leprosos e possessos: (Mt 8, 2-4; Lc 17,12-14; 11,14-22; Mc 1,25-26; 41-44); os marginalizados: mulheres, crianças, doentes de todo tipo; os pobres: o povo e os pobres (Mt 5,3; Lc 6,20-24; Mt 11, 25-26). Jesus anuncia o Reino para todos, não exclui ninguém. Mas anuncia a partir dos excluídos. Cada um de nós pelo simples fato de nascer neste mundo, nasce condicionado de muitas maneiras. Condicionamentos que ninguém escolhe, mas que afetam a vida de alto a baixo. Para muitos, todos estes condicionamentos são dores permanentes em suas vidas. Jesus assumiu estes condicionamentos e os assumiu onde pesam mais, isto é, no meio dos pobres. “Sendo de condição divina, esvaziou-se a si mesmo e assumiu a condição de servo, um no meio de muitos. Sendo rico se fez pobre, filho de carpinteiro (Mt 13,55)”.
Uma das maneira usadas, foram as Bem – Aventuranças,(Mt 5, 1 a 10) que vem a ser um resumo e ao mesmo tempo a melhor chave de leitura para as palavras de Jesus no Sermão da Montanha. Na sua pregação Jesus anuncia as bem-aventuranças como caminho a ser percorrido rumo ao Reino do Céus. Jesus percorreu esse caminho até a cruz, finalizando com a glória da Ressurreição, portanto, as bem-aventuranças são a renovação das promessas que Deus fez ao povo.
Jesus atualiza a promessa feita a Abraão, na síntese das bem-aventuranças está em “ FELIZES OS POBRES EM ESPÍRITO PORQUE DELES É O REINO DOS CÉUS” juntamente com “ FELIZES OS QUE SÃO PERSEGUIDOS POR CAUSA DA JUSTIÇA, PORQUE DELES É O REINO DOS CÉIS”, pois o pobre é aquele que clama pela justiça social, o que não tem voz nem vez na sociedade e mesmo assim persevera na sua fé em Deus, acreditando na possibilidade da realização da promessa. Nelas descobrimos a felicidade dos pobres, as propostas de Jesus para a construção do Reino de Deus, os alicerces para a nova sociedade. A melhor tradução para Bem – Aventurança é felicidade. Não qualquer felicidade, mas uma felicidade que o próprio Deus oferece e que ninguém pode tirar!
A partir das palavras de Jesus descobrimos o tipo de gente que encontra a felicidade no reino de Deus: os pobres, os mansos, os que choram, os que têm fome e sede de justiça, os misericordiosos, os de coração puro, os pacíficos, os perseguidos por causa do Reino. Deus faz sua opção pelos pequenos, pelos pobres, aqueles que nada são aos olhos do mundo. A felicidade para essas pessoas surge nas conseqüências desta escolha. Nos sinais da presença de Deus na vida das pessoas. Elas terão o Reino, que vai se revelar em coisas muito concretas: o fim das maldades causadoras de dor e sofrimento, posse da terra, a prática da solidariedade e da fraternidade, da justiça, a descoberta de uma nova experiência de deus, revelado como Pai, que une a todos com os laços da comunidade.
Nas Bem – Aventuranças encontramos a chave da felicidade proposta por Jesus. A felicidade de cada pessoa está na possibilidade de recomeçar a vida construindo relacionamentos novos, numa perspectiva nova.
Outra maneira de Jesus anunciar o Reino era e ainda é, através das parábolas. Em Lc ( 16, 1-9) Jesus conta aos seus discípulos a parábola do Administrador Infiel. Segundo os costumes, tolerado na Palestina naquela época, dizem, o administrador tinha o direito de conceder empréstimo com os bens do seu senhor. E, como não era remunerado, ele se indenizava aumentando, no recibo, a importância dos empréstimos. Assim na hora do reembolso ficava com a diferença como se fosse seu honorário ou seu juro. No caso da parábola, sua desonestidade, portanto, não consistia na redução de dívidas devidas ao patrão, mas nas ações fraudulentas anteriores que provocaram a sua demissão. Devemos observar, antes de tudo, que esta parábola é uma parábola de contraste, parábola em que o Senhor propõe umas imagens negativas, hediondas, que, por contraste, significa algo positivo e belo. Assemelha-se ao negativo de uma fotografia, que deve ser revelada, de tal modo que os respectivos traços pretos se tornarão brancos. Há outras parábolas deste gênero no Evangelho: Em Lc 18 1-8 o juiz cínico é figura, por contraste, do Senhor Deus (que é o contrario do cinismo); em Lc 11, 5-8 o amigo comodista é símbolo do próprio Deus (o Amigo que primeiro nos amou; cf 1 Jo 4,19; em Lc 11,11-13 o pai da terra, deficiente como é, simboliza o Pai do Céu (que é perfeito). —No caso de Lc 18; 1-9 Jesus propõe um homem que é fraudulento e leviano, fútil; um dia leva um susto, que o obriga a pensar sobre o sentido da vida; convertem-se então, nos poucos dias que lhe restam, da futilidade e insensatez para a sabedoria e habilidade, sem, porém deixar de ser desonesto. Em outras palavras: temos a história da fraudulência leviana que se converte em fraudulência atenta e sábia, em que conseqüência de um susto que ainda lhe deixou poucos dias para se converter. Ora Jesus nos diz que essa estória é imagem do que nós devemos fazer, nós que queremos ser filhos da luz e não filhos das trevas. Saibamos aproveitar os sustos que a providencia permite em nossa existência a fim de nos convertermos à sabedoria, sensatez e profundidade do coração).
A Parábola do Administrador ensina-nos a olhar os bens deste mundo com sabedoria, isto é, a partir da eternidade ou à luz do definitivo, a fim de não sermos surpreendidos pela morte. Acrescenta, porém, que após o susto, ainda há um prazo para a conversão e o recomeço: Deus é paciente e misericordioso; antes de aplicar a justiça definitiva, Ele concede oportunidades de emenda. Essa parábola vem a ser uma exortação à conversão, conversão não tanto do pecado grave para a virtude levianamente praticada para a virtude exercida com pleno fervor.
Esta parábola nos ensina a aproveitar os bens que temos, não necessariamente o dinheiro, mas outros dons de Deus...Enquanto é tempo, enquanto somos peregrinos à luz desta vida terrestre. Ela ensina também que devemos tirar proveito dos sustos e reveses desta vida ou até mesmo do pecado. Deus pode permitir o pecado para que despertemos da inconsciência para um comportamento mais definitivo e coerente. Tudo é graça no plano de Deus; tudo pode servir para a nossa salvação. O grande mal que pode acometer um cristão é a mediocridade de vida, é a acomodação sem dinamismo. Para Deus, só pode haver uma resposta condigna. Doar-se totalmente, sem regateios. Diz o Senhor: “Conheço a tua conduta: não é frio nem quente. Oxalá fosse frio ou quente! Mas, porque és morno, estou para te vomitar de minha boca”.
Jesus vive como pobre. Não possui nada para si, nem mesmo uma pedra para reclinar a cabeça (Lc 9,58). Manda escolher: ou Deus, ou o Dinheiro! (Mt 6,24). E quando se trata de administrar os bens, é preciso fazê-lo com eficácia, a serviço da vida.
Jesus oferece um lugar aos que não têm lugar na convivência humana. Acolhe os que não são acolhidos: os imorais: prostitutas e pecadores (Mt 21,31-32; Lc 7,37-50; Jô 8, 2-11); os hereges: pagãos e samaritanos (Lc 7,2-10; 17,16; Mc 7, 24-30; Jô 4, 7-42); os impuros: leprosos e possessos: (Mt 8, 2-4; Lc 17,12-14; 11,14-22; Mc 1,25-26; 41-44); os marginalizados: mulheres, crianças, doentes de todo tipo; os pobres: o povo e os pobres (Mt 5,3; Lc 6,20-24; Mt 11, 25-26). Jesus anuncia o Reino para todos, não exclui ninguém. Mas anuncia a partir dos excluídos. Cada um de nós pelo simples fato de nascer neste mundo, nasce condicionado de muitas maneiras. Condicionamentos que ninguém escolhe, mas que afetam a vida de alto a baixo. Para muitos, todos estes condicionamentos são dores permanentes em suas vidas. Jesus assumiu estes condicionamentos e os assumiu onde pesam mais, isto é, no meio dos pobres. “Sendo de condição divina, esvaziou-se a si mesmo e assumiu a condição de servo, um no meio de muitos. Sendo rico se fez pobre, filho de carpinteiro (Mt 13,55)”.
Uma das maneira usadas, foram as Bem – Aventuranças,(Mt 5, 1 a 10) que vem a ser um resumo e ao mesmo tempo a melhor chave de leitura para as palavras de Jesus no Sermão da Montanha. Na sua pregação Jesus anuncia as bem-aventuranças como caminho a ser percorrido rumo ao Reino do Céus. Jesus percorreu esse caminho até a cruz, finalizando com a glória da Ressurreição, portanto, as bem-aventuranças são a renovação das promessas que Deus fez ao povo.
Jesus atualiza a promessa feita a Abraão, na síntese das bem-aventuranças está em “ FELIZES OS POBRES EM ESPÍRITO PORQUE DELES É O REINO DOS CÉUS” juntamente com “ FELIZES OS QUE SÃO PERSEGUIDOS POR CAUSA DA JUSTIÇA, PORQUE DELES É O REINO DOS CÉIS”, pois o pobre é aquele que clama pela justiça social, o que não tem voz nem vez na sociedade e mesmo assim persevera na sua fé em Deus, acreditando na possibilidade da realização da promessa. Nelas descobrimos a felicidade dos pobres, as propostas de Jesus para a construção do Reino de Deus, os alicerces para a nova sociedade. A melhor tradução para Bem – Aventurança é felicidade. Não qualquer felicidade, mas uma felicidade que o próprio Deus oferece e que ninguém pode tirar!
A partir das palavras de Jesus descobrimos o tipo de gente que encontra a felicidade no reino de Deus: os pobres, os mansos, os que choram, os que têm fome e sede de justiça, os misericordiosos, os de coração puro, os pacíficos, os perseguidos por causa do Reino. Deus faz sua opção pelos pequenos, pelos pobres, aqueles que nada são aos olhos do mundo. A felicidade para essas pessoas surge nas conseqüências desta escolha. Nos sinais da presença de Deus na vida das pessoas. Elas terão o Reino, que vai se revelar em coisas muito concretas: o fim das maldades causadoras de dor e sofrimento, posse da terra, a prática da solidariedade e da fraternidade, da justiça, a descoberta de uma nova experiência de deus, revelado como Pai, que une a todos com os laços da comunidade.
Nas Bem – Aventuranças encontramos a chave da felicidade proposta por Jesus. A felicidade de cada pessoa está na possibilidade de recomeçar a vida construindo relacionamentos novos, numa perspectiva nova.
Outra maneira de Jesus anunciar o Reino era e ainda é, através das parábolas. Em Lc ( 16, 1-9) Jesus conta aos seus discípulos a parábola do Administrador Infiel. Segundo os costumes, tolerado na Palestina naquela época, dizem, o administrador tinha o direito de conceder empréstimo com os bens do seu senhor. E, como não era remunerado, ele se indenizava aumentando, no recibo, a importância dos empréstimos. Assim na hora do reembolso ficava com a diferença como se fosse seu honorário ou seu juro. No caso da parábola, sua desonestidade, portanto, não consistia na redução de dívidas devidas ao patrão, mas nas ações fraudulentas anteriores que provocaram a sua demissão. Devemos observar, antes de tudo, que esta parábola é uma parábola de contraste, parábola em que o Senhor propõe umas imagens negativas, hediondas, que, por contraste, significa algo positivo e belo. Assemelha-se ao negativo de uma fotografia, que deve ser revelada, de tal modo que os respectivos traços pretos se tornarão brancos. Há outras parábolas deste gênero no Evangelho: Em Lc 18 1-8 o juiz cínico é figura, por contraste, do Senhor Deus (que é o contrario do cinismo); em Lc 11, 5-8 o amigo comodista é símbolo do próprio Deus (o Amigo que primeiro nos amou; cf 1 Jo 4,19; em Lc 11,11-13 o pai da terra, deficiente como é, simboliza o Pai do Céu (que é perfeito). —No caso de Lc 18; 1-9 Jesus propõe um homem que é fraudulento e leviano, fútil; um dia leva um susto, que o obriga a pensar sobre o sentido da vida; convertem-se então, nos poucos dias que lhe restam, da futilidade e insensatez para a sabedoria e habilidade, sem, porém deixar de ser desonesto. Em outras palavras: temos a história da fraudulência leviana que se converte em fraudulência atenta e sábia, em que conseqüência de um susto que ainda lhe deixou poucos dias para se converter. Ora Jesus nos diz que essa estória é imagem do que nós devemos fazer, nós que queremos ser filhos da luz e não filhos das trevas. Saibamos aproveitar os sustos que a providencia permite em nossa existência a fim de nos convertermos à sabedoria, sensatez e profundidade do coração).
A Parábola do Administrador ensina-nos a olhar os bens deste mundo com sabedoria, isto é, a partir da eternidade ou à luz do definitivo, a fim de não sermos surpreendidos pela morte. Acrescenta, porém, que após o susto, ainda há um prazo para a conversão e o recomeço: Deus é paciente e misericordioso; antes de aplicar a justiça definitiva, Ele concede oportunidades de emenda. Essa parábola vem a ser uma exortação à conversão, conversão não tanto do pecado grave para a virtude levianamente praticada para a virtude exercida com pleno fervor.
Esta parábola nos ensina a aproveitar os bens que temos, não necessariamente o dinheiro, mas outros dons de Deus...Enquanto é tempo, enquanto somos peregrinos à luz desta vida terrestre. Ela ensina também que devemos tirar proveito dos sustos e reveses desta vida ou até mesmo do pecado. Deus pode permitir o pecado para que despertemos da inconsciência para um comportamento mais definitivo e coerente. Tudo é graça no plano de Deus; tudo pode servir para a nossa salvação. O grande mal que pode acometer um cristão é a mediocridade de vida, é a acomodação sem dinamismo. Para Deus, só pode haver uma resposta condigna. Doar-se totalmente, sem regateios. Diz o Senhor: “Conheço a tua conduta: não é frio nem quente. Oxalá fosse frio ou quente! Mas, porque és morno, estou para te vomitar de minha boca”.
(Prova de Revelação - Marcia Calmon)
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